Em jogo disputado, Coritiba teve dificuldades para bater o Furacão
O Coritiba é tri no Campeonato Paranaense. O Alviverde bateu o rival Atlético Paranaense no Estádio Major Antônio Couto Pereira e levantou a taça. O único tricampeonato da história do Coxa havia sido conquistado entre os anos de 1971 e 1973. O campeão foi conhecido apenas nas penalidades, já que no tempo normal do Atletiba 352 o zero não saiu do placar.
Com 90 minutos de bola rolando, as equipes mostraram muita vontade para marcar forte, especialmente no meio-campo. Porém, os ataques não mostraram inspiração e nem mesmo os jogadores mais experientes fizeram a diferença. Com o empate em 2 a 2 do primeiro encontro, a decisão por pênaltis estava definida.
O Rubro-Negro havia acertado as cobranças com Alan Bahia, Deivid e Zezinho, mas parou em Vanderlei na quarta cobrança, com Guerrón. Ligüera não desperdiçou. Lincoln, Roberto, Junior Urso, Éverton Costa e Éverton Ribeiro fizeram para o Alviverde.
Definido o campeão, as equipes já terão que focar os jogos de ida das quartas de final da Copa do Brasil. O Atlético Paranaense vai encarar o Palmeiras, na quarta-feira, na Vila Capanema. Já o Coritiba terá pela frente o Vitória, no mesmo dia, no Barradão, em Salvador.
O jogo - Como já era esperado pelos antecedentes do técnico Juan Carrasco, o Furacão entrou em campo bastante modificado, com Cleberson, Renan Foguinho, Renan Teixeira e Zezinho entre os titulares, demonstrando uma preocupação defensiva. Pelo Coxa, Rafinha, recuperado de lesão, era a novidade. A primeira finalização da partida da aconteceu aos três minutos, com Guerrón, que abriu espaço e arrematou para fora.
O rubro-negro começou pressionando mais, com a defesa alviverde um pouco confusa. Aos cinco minto, Paulo Baier cobrou falta para o meio da área e Vanderlei afastou de soco. Aos oito minutos, Deivid invadiu a área, cruzou para o meio e o goleiro coxa-branca interceptou bem. Após falta marcada sobre Tcheco, aos 10 minutos, os jogadores do Atlético começaram a pressionar a arbitragem.
O Coxa chegou com perigo aos 12 minutos, após cobrança de escanteio, em um desvio de Demerson que Rodolfo encaixou. Novamente cobrança de escanteio na área atleticana, aos 16 minutos, e Emerson tocou de cabeça para fora, com muito perigo. O Coritiba começou a se encontrar em campo e o jogo era franco.
O técnico Marcelo Oliveira teve que queimar uma alteração, com Tcheco saindo lesionado para a entrada de Djair. A marcação era forte nos dois lados, deixando um clima de tensão no ar. Aos 32 minutos, Guerrón recebeu com liberdade e o árbitro anotou impedimento, parando o lance. Carrasco também teve problemas com contusão, com lesão de Bruno Costa que o obrigou a cococar Héracles em campo. Aos 43 minutos, o tempo fechou após entradas mais duras.
Depois do intervalo, as equipes voltaram modificadas. Everton Costa entrou pelo lado alviverde e Alan Bahia pelo Rubro-Negro. Com a bola rolando, a briga no meio-campo seguia, com muita marcação e pouca criatividade dos ataques. A tensão só aumentava, com o árbitro sendo pressionado.
O Coritiba tentava iniciar uma blitz, enquanto o Furacão aguardava para tentar encaixar um contra-ataque. Entretanto, nenhum dos lados era feliz, em seus objetivos. Aos 12 minutos, Everton Costa recebeu na área, de costas para o gol, e não conseguiu o último toque par atirar o goleiro. Aos 14 minutos o primeiro chute a gol da segunda etapa, com Rafinha, que parou nas mãos de Rodolfo.
Cobrança de escanteio na área coxa-branca, aos 18 minutos, ninguém desviou e Vanderlei deixou a meta, com os pés, para afastar. Aos 22 minutos, Everton Costa fez fila na defesa e foi travado na hora do arremate. Everton Costa entrou bem na partida. Aos 24 minutos, subiu mais do que todo mundo e testou pela linha de fundo.
O Coritiba esteve muito próximo de abrir o placar aos 28 minutos, novamente com Everton Costa, que aproveitou cruzamento para testar firme e obrigar Rodolfo a fazer grande defesa. O árbitro, no entanto, marcou impedimento. Aos 38 minutos, Alan Bahia cobrou falta pela linha d efundo. O jogo rumava para a cobrança de pênaltis após 90 minutos de pouca inspiração. Roberto balançou as redes aos 44 minutos, mas o impedimento estava marcado.
Decisão nas penalidades - Alan Bahia começou as cobranças pelo lado do Furacão. Vanderlei defendeu, mas a bola entrou na sequência. Lincoln, pelo Alviverde, balançou as redes com tranquilidade. Deivid também bateu bem e fez para o Atlético. Roberto deixou tudo igual. Zezinho deixou bola de um lado goleiro de outro.
Junior Urso fez a torcida coxa-branca suar frio, ao tomar pouca distância e bater no mesmo lado que caiu o goleiro. Bola na rede. O equatoriano Guerrón, um dos destaques da temporada, parou em Vanderlei. Éverton Costa marcou o dele com categoria. O uruguaio Ligüera não desperdiçou a ultima cobrança. O título ficou nos pés de Éverton Ribeiro, que ainda acertou a trave antes de ver a bola entrar.
CORITIBA 0 (5) X(4) 0 ATLÉTICO PARANAENSE
Local: Estádio Major Antonio Couto Pereira, Curitiba (PR)
Data: 13 de maio de 2012, domingo
Horário: 15h50 (de Brasília)
Público total: 26.229 pessoas
Renda: R$ 563.772,00
Árbitro: Adriano Milczvski
Assistentes: Roberto Braatz e Bruno Boschilia
Cartões amarelos: Gil, Everton Costa, Djair e Everton Ribeiro (Coritiba); Héracles, Zezinho, Rodolfo, Deivid e Guerrón (Atlético-PR)
CORITIBA: Vanderlei; Gil, Démerson, Emerson e Lucas Mendes; Júnior Urso, Tcheco (Djair), Everton Ribeiro e Rafinha (Lincoln); Roberto e Anderson Aquino (Everton Costa)
Técnico: Marcelo Oliveira
ATLÉTICO-PR: Rodolfo; Cleberson, Manoel, Renan Foguinho e Bruno Costa (Héracles); Renan Teixeira (Alan Bahia), Deivid, Zezinho e Paulo Baier (Martín Ligüera); Edigar Junio e Guerrón Técnico: Juan Carrasco