Bandeira Está no Capítulo II, Artigo 8° do Estatuto do Clube: O pavilhão do Coritiba tem o seu emblema situado em destaque no ângulo superior esquerdo, de onde saem traços representando raios alternados nas cores verde e branca, ocupando o espaço todo.
A história da bandeira vem de longa data. No início do século, até o início da década de 20, os clubes tinham diversos cânticos de guerra em tom poético, devido à cultura de toda a sociedade na época em que chamavam de Grito de Guerra.
Em um desses cânticos havia uma frase que dizia: Coritiba, tu és o sol que ilumina meu caminho. Devido ao tamanho da cidade de Curitiba, antigamente as torcidas eram geralmente compostas por familiares, esposas e namoradas dos jogadores e Sócios do Clube.
As esposas se reuniam constantemente para torcer juntas e buscavam formas de apoiar a instituição e seus maridos. Baseadas no significado da frase, as damas bordaram a primeira bandeira do Coritiba com o emblema representando um sol, de onde saem os raios que iluminam o caminho dos coxas-brancas. Presentearam os jogadores com a bandeira, como forma de carinho pelo Clube. Certamente elas não imaginavam a grandeza que a criação teria ao passar dos anos.
A bandeira se tornou uma imagem do Coritiba, que vale toda a tradição e grandeza que faz do Coxa uma das grandes forças do futebol brasileiro.
O vovô do Paraná tem muitas histórias sobre o símbolo que representa o Clube. Uma das questões que concernem ao escudo diz respeito ao folclore em torno das marcas brancas dentro do globo. Segundo alguns torcedores e historiadores, elas poderiam representar 12 pinhões estilizados que retomam o dia de fundação do Clube e a marca do Estado do Paraná, a Araucária.
No entanto, sabe-se que, de acordo com o estatuto do Clube, as marcas são extensões dos meridianos terrestres, tendo em vista que o globo no qual está a escritura CFC representa a terra e as marcas brancas são as calotas polares estilizadas em alto relevo.
Vovô Coxa - O Mascote representa toda a tradição da equipe mais antiga da capital do estado. Uniformes: n°1 com camisa na cor predominante branca, e uniforme 2 nas cores verdes.
Nome
Seu nome remete a capital do Paraná, segundo a grafia adotada na época: Coritiba. A ortografia atual e oficial da cidade foi estabelecida em 1919, dez anos após a fundação do clube. Mas em nome de uma velha e honrada tradição, o clube manteve sua grafia original. O mesmo ocorre com os vocábulos foot ball e club, incorporados em inglês por não existir, na época, correspondentes semelhantes na língua portuguesa.
A palavra Curitiba recebeu durante a história diversas ortografias diferentes, como Coritiba e Curityba. Isso em consequência da língua tupi, na época, ser transmitida apenas foneticamente, recebendo então diversas adaptações livres para o português. Assim, tanto a grafia Curityba quanto Coritiba, eram consideradas corretas, e tinham por finalidade exprimir, em tupi-guarani, o termo "muito pinhão" ou "muito pinheiro". O pinheiro e o pinhão, por sua abundância, são dois dos símbolos oficiais do estado do Paraná.
Muitas cartas, jornais e documentos da época, até hoje existentes na biblioteca de Curitiba, usavam normalmente a grafia Coritiba. Hoje em dia, a grafia tupi oficial para o termo é Core-é-Tuba.
Fundado em 1909, o Coritiba é o clube "alviverde" mais antigo do futebol brasileiro, seguido por Guarani (1911), Juventude (1913), Palmeiras (1914) e Goiás (1943).
Escudo
Conforme o 9º parágrafo do Capítulo II do Estatuto do clube, o emblema é constituído por um círculo, simbolizando o globo terrestre; nas partes superior e inferior, desenho raiado, lembrando calotas polares em visual de alto relevo; em torno do círculo, no interior de duas linhas paralelas periféricas, está grafado o nome CORITIBA FOOT BALL CLUB, por extenso, com a grafia PARANÁ no espaço inferior; e, com destaque no centro de globo, as iniciais CFC.
Suas cores, verde e branca, remetem à bandeira do Estado do Paraná; a estrela dourada, acima do escudo, é o símbolo da maior conquista do Clube, o Campeonato Brasileiro de 1985.
Vovô Coxa (mascote)
O clube mais tradicional do Paraná não poderia ter mascote diferente. O time do Coritiba é representado por um simpático velhinho de descendência alemã, carinhosamente chamado de "Vovô Coxa" em homenagem ao fotógrafo e torcedor do clube Max Kopf. O clube é o mais antigo do Paraná, tendo completado 100 anos no dia 12 de outubro de 2009. O mascote representa assim a origem e toda a tradição do Coritiba e do futebol no estado do Paraná.
Apelido
Devido aos primeiros times do Coritiba serem formados basicamente por descendentes de alemães, isto virou alvo para as provocações vindas das torcidas adversárias.
Em 1941, durante um Atle-Tiba decisivo, o então torcedor e futuro presidente do Clube Atlético Paranaense, Jofre Cabral e Silva, tomado pelas emoções do clássico, não parou de gritar, "Alemão, quinta coluna!", "Coxa-Branca, quinta coluna!", entre outros xingamentoscontra, para o zagueiro alviverde Hans Breyer. Breyer, nascido na Alemanha, veio com a família para o Brasil aos seis anos de idade, e estreou em 1939 no Coritiba.
A ofensa preconceituosa vinda dos torcedores rivais acabou "pegando". No início incomodava não só o presidente Couto Pereira como toda a torcida coritibana. O apelido ganhava um tom ainda mais pejorativo pois era um período onde a Segunda Guerra Mundial acontecia. A alcunha tanto mudou a vida de Breyer que foi graças a ele que o jogador se desgostou do futebol e acabou deixando o clube em 1944, com 24 anos.
Desde a década anterior, quando o nazismo ganhou força, o clube convivia com insinuações de preconceito racial. Acusações que o presidente Couto Pereira rebatia prontamente. Seu exemplo preferido era o negro Moacyr Gonçalves, jogador e técnico nos anos 30, o primeiro negro a vestir a camisa de um clube da capital. Citaria também os irmãos Bananeiro e Janguinho, que atuariam nos anos 40.
Apesar de sua origem germânica, até a data em questão já haviam passado pelo Coritiba imigrantes e descendentes de italianos, poloneses, espanhóis, dinamarqueses, entre outros. O próprio presidente do clube, Couto Pereira, era cearence, e o fundador, "Fritz" Essenfelder, argentino. O que o descaracteriza como um clube única e exclusivamente de alemães.
Com o tempo, a expressão foi perdendo o seu caráter pejorativo, e passou a ser utilizada para se falar dos torcedores e jogadores do Coritiba, que em razão disto também é chamado de "Coxa". Não há registo exato, mas a comemoração do título estadual de 1969 é apontado como marco para a união entre torcida e apelido. Vem daquela partida contra o Água Verde, no Estádio Oresthes Thá, o registro dos primeiros gritos da arquibancada de "Coxa, Coxa, Coxa!".
Hino
O Hino Oficial do Coritiba é de autoria de Cláudio Ribeiro e Homero Rebóli. Em 1999 o Coritiba promoveu um concurso para oficializar o seu hino.
Letra e musica: Cláudio Ribeiro / Homero Réboli
Lá no alto de tantas glórias Brilhou, Brilhou um novo sol Clareando com seus raios verde e branco Encantando o país do futebol
Palco de artistas, jogadores, de um passado sem igual Da arte dos teus grandes valores O seu nome pelo mundo vai brilhar Coritiba, Coritiba campeão do Paraná
Tua camisa alviverde Com orgulho para sempre hei de amar Jogando pelos campos brasileiros Despertando na torcida emoção
Coritiba Campeão do Povo Alegria do meu coração Coxa, Coxa, é garra, é força, é tradição Coxa, Coxa, explode o coração
Torcida
Além de ser um dos clube mais tradicionais do estado, a torcida Coxa Branca é também uma das mais tradicionais do Paraná. Já em 1939, Pinha (Luis Vila), ex-goleiro do Coxa, criou a primeira torcida organizada do estado do Paraná, que contava com batucadas e cantos de incentivo, se diferenciando das rivais.
Os torcedores ainda compareceram nos 10 jogos do time em Joinville durante a severa punição imposta ao clube, levando um total de 33.156 torcedores e com uma média de 3.315 pessoas por jogo mesmo jogando 130 quilômetros longe de Curitiba, demonstrando que a força e paixão pelo clube não tem limites.
Tradicional em todo o Sul do Brasil, em pesquisa realizada entre 1993 à 2010 pelo Instituto Datafolha, a torcida coritibana é apontada como a segunda maior do estado do Paraná, atrás do rival Atlético, e 4º maior do Sul do país entre os clubes sulistas.Outra recente pesquisa feita pelo IBOPE em 2010, aponta o clube paranaense como a 4º maior torcida do estado do Rio Grande do Sul. A torcida coritibana ainda possui as maiores médias de público, e maior público pagante ao lado do Atlético Paranaense em campeonatos estaduais e nacionais. No estadual, Coritiba e Atlético possuem as maiores médias em 11 dos últimos 17 anos (1994 á 2010).
A torcida do Coritiba é também conhecida por realizar no Couto Pereira um dos espetáculos mais belos do futebol, o Green Hell (Inferno Verde) que leva os torcedores a inovarem cada vez mais em pirotecnia, fumaça, papel e luminosos, seja durante a noite ou dia.
Uma antiga e folclorica tradição da torcida coxa-branca, é vestir com a faixa de campeão o Homem Nu, localizado na Praça 19 de Dezembro, no centro de Curitiba, como parte da comemoração pelas conquistas do clube. A estátua feita em granito, é de autoria dos artistas Erbo Stenzel e Umberto Cozzo.